domingo, 27 de fevereiro de 2011

Estratégia de Marca para o Terceiro Setor

Qual a importancia de uma boa estratégia de marca para o terceiro setor?




Vamos falar de estratégia de marketing para o terceiro setor hoje. Qual a sua causa, a quem você quer atender, quais os seus diferenciais, como você trabalha??.. inumeras perguntas que podem ser trabalhadas em uma boa estratégia de marketing.
As organizações do Terceiro Setor estão diretamente envolvidas com campanhas e estratégias de marketing, apesar de não terem como foco a venda ou prestação de serviços diretamente a consumidores, como ocorre com as empresas, e certamente há pelo menos uma razão importante para este envolvimento:  atrair investimento para o desenvolvimento das ações a que as organizações sem fins lucrativos se propõem.

Li um artigo do Kendall Crolius, da revista Forbes, que conceitua marketing como um processo que transmite a nossa marca para a melhor audiência. E destaca que se isso for feito corretamente, atingimos nossas metas. A sua ONG já determinou quais as melhores estratégias de marca?

Vamos ver algumas dicas:

  • Desenvolver a marca de sua entidade não significa apenas promovê-la em mídias. É importante realizar um estudo do relacionamento da ONG com a sociedade e com todos aqueles interessados diretamente nela: comunidade atendida, voluntariado, investidores, funcionários etc. 

  • Quais os benefícios oferecidos para a sociedade e o que ela está ajudando a construir para o benefício de todos? Como ela atende a comunidade, o que transforma na vida dos atendidos e qual o reflexo destas ações para a sociedade? 

  • Todos estão envolvidos na mesma missão da ONG? Todos perseguem este valor? Nas ações diárias, os setores da entidade refletem este valor? Qual visão os investidores tem da sua ONG? Quais os aspectos positivos e negativos envolvidos? Qual o risco envolvido? Qual a representatividade deste investimento para o investidor? Qual o foco do potencial investidor?

  • Desenvolver uma estratégia de construção da marca com foco, voltada a destacar os valores e as efetivas contribuições de sua organização para a transformação da sociedade é fundamental.

  • Associar a marca a praticar ações de consciência sobre os valores que defende e intenta divulgar. Criar uma imagem que não condiz com a realidade de sua entidade é apostar no fracasso, especialmente na sociedade da informação e das comunicações em rede;

  • Consolidar uma marca trará muitos benefícios e, o mais valioso deles será possibilitar a diferenciação da sua entidade para as pessoas. Sua entidade será conhecida pelo valor que persegue, pela qualidade, transparência etc e terá ampla credibilidade e força na manutenção e expansão de seus relacionamentos.

  • Opte por organizar a comunicação de sua entidade de forma a consolidar, em uma mensagem única e curta, os valores envolvidos na marca.

Até semana que vem!
Abraços
Erica Bamberg
Rede Postinho de Saúde

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Parcerias estratégicas entre segundo e terceiro setor - Parte 1


Vamos hoje abordar um tema que precisa ser encarado com muita seriedade. A Responsabilidade Social e o papel das ONGs e empresas neste contexto. Aproveitei para extrair pedaços da minha tese onde abordo o tema e trago para uma realidade existente das parcerias entre segundo e terceiro setor. A cada semana vou postar um tópico do assunto!
Espero que gostem!




Mundialmente, um momento bastante complicado está sendo vivenciado. Conflitos e guerras a todo instante; diferenças de interesses políticos e econômicos, etnia e credo; a expansão da miséria e da fome, que vitima grande parte da população mundial; a falta de cuidados e a preservação com a natureza, como poluição dos rios e mares; destruição das florestas e a matança de animais que provocam a  extinção de muitas espécies. Aliada a essas catástrofes, que provocam o desequilíbrio ambiental em diversas partes do mundo, outros problemas circundam o ambiente.

Os desafios permanecem: mesmo com a entrada do século XXI a sociedade continua a enfrentá-los.  Se por um lado ocorre a concentração de riquezas e o contínuo processo de exclusão social; por outro as ações sociais concentram-se em diminuir a desigualdade socioeconômica; proteger os direitos de expressão das minorias; diminuir os altos índices de desemprego;  garantir o acesso mundial à educação e à saúde, e também eliminar formas de trabalho desumanas, como a escravidão. Estas ações são apenas alguns dos desafios. Nesse ambiente, as mudanças começam a aparecer no comportamento e na atuação dos responsáveis políticos, econômicos e sociais que, assim, assumem nova postura diante desses desafios.

Afora o ambiente descrito há pouco, Alencastro (2005) descreve o cenário mundial:

"a sociedade moderna está requerendo uma mudança muito forte em seus valores, porque a economia não pode e não deve ser a medida de todas as coisas. [...] é impossível sustentar o modelo atual de mundo, caracterizado [...] pela destruição do ambiente, pela concentração de renda e pela exclusão de muitos milhões de seres humanos dos benefícios do progresso tecnológico e econômico. Esse modelo precisa ser superado por outro em que o bem comum seja o novo paradigma de progresso" e se "os negócios funcionam como o motor das sociedades modernas [...] as empresas têm a desempenhar papel preponderante na construção do futuro da humanidade".

Porém outros problemas continuam graves. Acredita-se que a falta de recursos do Estado e a escassez de investimentos para atendimento ao próprio estado; o crescimento das desigualdades sociais (LINDERT e WILLIANSON, 2001); o crescimento em importância do Terceiro Setor e a diminuição do papel do Estado (LANDIM, 1999); faz com que despertem - nas organizações – as atenções para os problemas sociais e, dessa maneira, intensifique as participações.

O setor privado brasileiro cresce em participação no desenvolvimento social e como participante-cidadão. Um exemplo é o GIFE (Grupo de Empresas Institutos e Fundações) que associa 55 das maiores empresas brasileiras. Outro exemplo é o Instituto Brasileiro de Combate ao Câncer (IBCC), que lançou em 1995 o Programa Câncer de Mama. No Brasil, a campanha foi lançada em 1995, pelo IBCC, depois dos Estados Unidos e seguido por outros oito países. Hoje, trabalha com o apoio de 48 marcas que já se envolveram de alguma forma com a campanha no Brasil.

Na maioria das vezes, as ações sociais são construídas para atuar em cenários econômicos que apresentam altos níveis de concentração de renda e os principais integrantes desse cenário são as Organizações Não-Governamentais, ONG e as empresas.

As ONG, denominadas também por “terceiro setor”, que têm o propósito de estarem mais próximas da sociedade – e conseqüentemente dos problemas dela – são capazes de entender com maior margem de precisão quais ações sociais devem ser implantadas. 

Nessa parceria com o terceiro setor, as empresas percebem a necessidade de novas ações para se diferenciar no mercado e de que necessitam passar por mudanças. Além disso, precisam estar mais próximas da sociedade, ao entender mais os problemas para atuarem de maneira estratégica e, assim, contribuir maneira efetiva na resolução deles. 

Surge o termo Responsabilidade Social Corporativa ou RSC. As alterações na sociedade e na economia aproximam as empresas dos problemas sociais. A definição de RSC, por Ianni (1995), refere-se à consciência de que as empresas devem assumir maiores compromissos com a sociedade, uma vez que são elas as propulsoras do desenvolvimento econômico. O Estado continua responsável, porém em menor escala. Austin (1998) defende que a intensificação do terceiro setor e o enfraquecimento relativo do Estado contribui para o crescimento da Responsabilidade Social Corporativa, que aumenta a ligação das empresas com o terceiro setor.



Até a próxima semana!
Continuaremos a dar uma palhinha sobre o tema Responsabilidade Social e como as empresas estão se movimentando para ajudar!
Bjs
Erica Bamberg
Rede Postinho de Saúde

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Olá!

Olá a todos!

Somos a Rede Postinho de Saúde. 

Vamos manter um canal direto com aqueles que se interessam por temas relacionados a trabalhos sociais, Mulheres, Voluntariado, Parcerias entre o Segundo e Terceiro setor e a Responsabilidade Social.

Semanalmente estaremos sempre trazendo diversos assuntos. Vamos falar também sobre o nosso trabalho que estamos iniciando no Cantagalo, Pavão Pavaozinho
e a sua evolução.

Um grande abraço e espero que gostem!

Erica Bamberg

EMAIL: redepostinhodesaude@gmail.com

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