quinta-feira, 3 de março de 2011

Impacto das Doações no Resultado do PIB Brasileiro

Hoje, após ver os resultados  dos dados preliminares da equipe econômica os números indicam que o Brasil ultrapassou a França e o Reino Unido com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 7,5% em 2010, informou nesta quinta-feira (3) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Com isso, a economia brasileira teria sido alçada à posição de sétima maior do mundo, afirmou ele.

Segundo o ministro, considerando o PIB a preços de Paridade de Poder de Compra (PPP), em uma conta ainda não oficial, a economia teria chegado ao patamar de US$ 2,18 trilhões, ou R$ 3,6 trilhões. "Se nós, de fato, alcançamos US$ 2,1 trilhões, teremos superado a França e o Reino Unido no PIB, chegando ao sétimo lugar".
Nas minhas pesquisas recentes tinha uma curiosidade muito grande em saber o impacto das doações feitas pelas empresas e voluntários no PIB Brasileiro. Se tivermos esses indicadores poderemos promover o incentivo maior após tangibilizar tudo que fazemos!

Acompanho grandes empresas sempre fazendo doações importantes e pequenas empresas doando o seu potencial. Se todos ajudarem, o país melhora. Podemos ajudar mais, como mostra parte do documento produzido com o apoio do Social Sector Office da McKinsey. Foi realizado um estudo de filantropia para avaliar a posição do País com relação ao tema, analisar os hábitos de doação e possíveis barreiras, e determinar como atingir um cenário de filantropia que adote as melhores práticas.

Aqui, um pedacinho do trabalho!

Em termos gerais, o setor social brasileiro demonstrou progresso significativo na última década. Apesar de não haver números atualizados sobre os níveis de investimento social, os dados existentes indicam que as contribuições aumentaram desde o último estudo mais abrangente, realizado em 1995. Nessa época, os níveis de doação no Brasil não ultrapassavam 0,3% do PIB – índice inferior aos padrões internacionais (0,8% do PIB) e também à média na América Latina. Apesar dos níveis de doação no Brasil terem aumentado na última década, as melhores estimativas e a crença geral apontam para um claro potencial para dobrar, triplicar ou até quadruplicar os níveis de doações futuras.

Para realizar seu potencial e aumentar a participação dos diferentes segmentos de doadores, o Brasil deve superar uma série de desafios, principalmente em infra-estrutura do setor, para facilitar fluxos eficazes de investimento (hoje existe uma “falha de mercado” entre doadores e beneficiários), e em aspectos culturais (atualmente, há pouca discussão acerca da efetividade dos investimentos sociais, em todos os segmentos). Além disso, as Organizações Não Governamentais (OSCs) possuem habilidades limitadas no que tange à captação e gestão de recursos.

Após analisar o setor e compará-lo com outros países, identificamos seis temas estratégicos a serem almejados pelas partes envolvidas:

•    Aumento real da colaboração de empresas e HNWIs, com foco na efetividade do investimento social;

• Criação de mecanismos para aumentar a conscientização e a participação de indivíduos em geral, incluindo o uso de benefícios fiscais não explorados;

• Melhoria das áreas de infra-estrutura, tais como provedores de informação (information brokers) e avaliação de beneficiários e veículos de doação (por exemplo, donor-advised funds);

•    Desenvolvimento de um programa de capacitação robusto e de amplo alcance para beneficiários (OSCs);

•    Simplificação e ampliação dos incentivos fiscais;

•    Estímulo ao entendimento do potencial dos investimentos no setor social, bem como de mudanças culturais positivas para garantir a eficácia da atividade filantrópica na sociedade brasileira

Até a próxima com mais informações deste assunto!
Erica Bamberg

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